Distrito 4751 mantém curso de empreendedorismo feminino com direito a mentoria e premiação
“Ele mudou a minha vida de muitas maneiras”, diz Bruna Reis ao referir-se ao projeto eMe – Escola de Mulheres Empreendedoras.
“O que a gente aprende aqui fica para sempre”, avalia a jovem, uma das vencedoras da primeira edição da iniciativa.
“Foi incrível”, conta em vídeo Julia André, uma das premiadas da segunda edição.
“O eMe me ajudou a desenvolver habilidades como empreendedora, fora o incentivo de toda a equipe, de todas as mentorias e palestras. Por ter ganhado, tive um incentivo para ajudar o meu negócio a crescer, e isso faz toda a diferença.”
Criado e mantido pelo distrito 4751, que abrange o norte do Estado do Rio de Janeiro e todo o Espírito Santo, o projeto teve sua terceira edição concluída em novembro último e se encaminha para a quarta edição.
O eMe surgiu na gestão 2020-21 para promover a cultura do empreendedorismo em adolescentes e mulheres de todas as idades residentes no distrito (e que não sejam associadas a clubes de Rotary, Rotaract ou Interact).
Conforme expresso em seu edital, a iniciativa tem os seguintes objetivos:
– Incentivar o espírito de inovação no público feminino;
– Desenvolver nas mulheres a sensibilidade para identificar oportunidades de negócios inovadores;
– Possibilitar a prática de planejamento, modelagem e execução de uma concepção de negócios.
O curso de capacitação ocorre sempre em outubro, nos finais de semana, durante todo o mês, e é dividido em duas categorais: teen, disponível a adolescentes de 14 a 17 anos de idade, e avançada, para mulheres acima de 18 anos.
Na primeira categoria, três participantes são premiadas, na segunda, dez. Assim, até o momento, 39 mulheres foram contempladas pelas três edições. Surgidas em plena pandemia de Covid-19, as aulas da Escola de Mulheres Empreendedoras são em formato online, transmitidas por canal no YouTube e pela plataforma StreamYard.
Apenas as cerimônias de entrega de troféus e certificados ocorrem presencialmente, tendo um clube de Rotary como anfitrião. Na primeira edição, a função coube ao Rotary Club de Campos, na segunda, ao Rotary Club de Cabo Frio.
Resultados
O impacto do eMe é avaliado pela equipe como considerável, tanto mais que os vídeos das aulas permanecem disponíveis a todos – bastando acessar o canal youtube.com/@ProjetoeMe.
Além disso, todos os anos, o curso tem cerca de 140 mulheres inscritas (as matrículas são abertas em agosto e setembro). São 420 pessoas que, de alguma forma, já foram tocadas diretamente pelo conteúdo do projeto.
“As dez vencedoras (da categoria avançada) recebem R$ 1.000 de ajuda para que consigam alavancar seu projeto, recebem troféus e mentorias”, relata Thamyres Andrade, coordenadora do eMe e representante distrital de Rotaract do 4751.
As premiadas da categoria teen, por sua vez, ganham R$ 500, além de troféu e certificado. “Damos o peixe e ensinamos a pescar, pois elas também têm mentorias com especialistas para empreenderem o dinheiro”, considera Thamyres, que foi presidente do eMe nas duas primeiras edições – atualmente ele é presidido por Isabel Costa, associada ao Rotary Club de Teresópolis.
Para alcançar sua missão, a Escola de Mulheres Empreendedoras conta com uma equipe engajada: são mais de 30 voluntários pertencentes à Família do Rotary e cerca de 70 palestrantes, mentores e jurados.
O papel dos jurados, aliás, é de suma importância no eMe. “Ao longo do mês, as participantes são ranqueadas a cada entrega das atividades”, informa Thamyres. “Na última semana de outubro, em vez de estarem atrás das telas, elas assumem o protagonismo, e as 20 melhores apresentam ao vivo um kit de negócios inovador”, detalha. O projeto continua se expandindo.
Em sua primeira e segunda edições, a divulgação das inscrições valia-se do boca a boca em comunidades, escolas e universidades, tarefa a cargo dos próprios integrantes dos clubes do distrito. Na terceira edição, com a chegada de parceiros, a divulgação se firmou na publicidade em redes sociais.
O eMe já tem até a sua loja própria. Há para os fãs canecas, camisas, chaveiros e canetas personalizados com a logo do projeto. O valor obtido com as vendas dos produtos é aplicado na manutenção do projeto e de suas premiações.
A Escola de Mulheres Empreendedoras está colhendo um outro resultado inesperado. Thamyres nos conta que algumas participantes, tocadas pelas palestras assistidas e pelo próprio êxito do eMe, têm sentido interesse em se associar ao Rotary. Vale lembrar aqui as palavras de uma outra vencedora da segunda edição do eMe.
Dalila Lanchin, ao destacar uma das mentorias, assim definiu sua experiência: “Foi mais do que uma mentoria financeira, ele me ajudou a olhar para o futuro”.